C.V


J. Lopez was born in 1968 in Mozambique. With training in Civil Engineering, a career in construction materials leads him early on to master the techniques of creating the universe ceramic opens you up to the discovery and fixing solutions. He began his activity as in 1989, professionally known Eduardo Viana, participating in the laboratory of CE Viana, born there his passion for ceramics as living space language. Experimentalist and self-taught potter, inspired by everything that crosses your way and it opens paths expressive response that materialize. For several years cruising experience with various potters and painters like,
Júlio Pomar, Manuel Cargaleiro, Eduardo Nery, João Cutileiro, Júlio Resende, Maria Vieira, Teresa Frazão, Joana Vasconcellos, Graça Morais, Vieira Batista Rui Melo, Branco Cardoso, Edmundo Cruz, while color develops in the laboratory for Ceramics Widow Lamego and Constancy. Participates in various Workshops on pottery wheel, potter, hand-painted tiles. It was thus experiencing that materialized a representation language what it calls "Dynamic Tiling with." Creates tile panels with techniques as diverse as glass glazing effect, base colors, clay, pencils and engobes. Has participated in group and solo exhibitions in Portugal and Islands, London, New York, Barcelona, Italy.

http://youtu.be/b9_JgZu3dnM

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Projecto ´´Na ponta dos dedos``


PREFÁCIO

Uma obra de arte é uma fusão de dados empíricos, históricos
e temporais e, por isso, um testemunho do tempo e uma conceção do mundo, tanto
espiritual como histórica, detentora de símbolos a serem desvendados.
A obra de Jaime Lopez revela-nos múltiplas direções que
desvendam o mundo fragmentado em que vivemos e estimula lembranças do nosso
passado onde vamos encontrar os vestígios sufocados pelo tempo. Os espaços
sugeridos são metáforas do mundo, uma vez que o papel, a tela, a pedra, o aço é
apenas o suporte material sobre o qual o autor esboça a sugestão do espaço
natural.
Através de um fluxo de objetos que jogam com a recordação de
alguns temas, o autor estimula a nossa reflexão. Ao ampliar a compreensão do
mundo, retira da mudez personagens silenciados, desfaz a esteira de convicções
áridas e busca conceitos ativos, que se expressam como metáforas vivas.
Inspirado no burlesco recria uma estética e uma dimensão
nova que atravessa vários géneros de espetáculo, adivinhamos a cor, o movimento
nos seus desenhos minuciosos e geométricos.
Vocábulo proveniente do latim burrula, dim. Burra
(brincadeira, burla, farsa); em italiano burla, burlesco (burla, mofa). Como
género literário, o burlesco, originalmente, consistia na paródia de textos
clássicos de assunto sério, como as epopeias, tratados de forma zombeteira,
utilizando uma linguagem exagerada que tinha como finalidade ridicularizar o
texto. O contrário também servia de motivo ao burlesco, ou seja, tratar um
assunto de menor importância com a gravidade de um assunto solene, utilizando
um estilo elevado.
Num sentido mais lato, refere-se a formas que imitam
ridicularizando personagens, instituições, escolas, costumes, valores, através
da paródia, sátira ou caricatura, muitas vezes com uma finalidade crítica,
convertendo-os em objeto de gozo perante os espectadores. Neste sentido podemos
encontrar exemplos de burlesco ao longo de toda a história da literatura, desde
a Antiguidade até aos nossos dias (nas peças satíricas gregas da Antiguidade
como na Batracomiomaquia, atribuída a Homero e na Apocolosyntosis de Séneca,
nas obras de Aristófanes e Eurípedes e nas obras dos escritores romanos Plauto
e Terêncio). Durante a Idade Média, o género foi muito apreciado e cultivado
nos textos das poesias dos goliardos (paródias sobre as condutas dos clérigos e
estudantes) ou nos fabliaux franceses (obras anti eclesiásticas de tom
carnavalesco).
Quer a sátira quero burlesco implicam uma visão mais ou
menos crítica da realidade social. No entanto, o que as distingue é o facto de
na sátira o autor incluir-se no sistema de valores da ideologia dominante
criticando o que for contrário a essa ideologia e o autor burlesco encontrar-se
fora desse mesmo sistema, contra pondo um sistema de valores inversos (anti
valores) que exalta proclamando a sua superioridade. O burlesco torna-se mais
tolerável do que a sátira uma vez que o seu exagero, a distorção de sentidos, o
carácter paródico, a falta de um discurso político ou moralizador, o tornam
aparentemente mais inofensivo.
O conceito de burlesco está bastante próximo do conceito de
carnavalesco (Bakhtine) e aparenta-se com a paródia na medida em que vulgariza
o que é sublime.
O burlesco é uma faceta peculiar do cómico e diferencia-se
das outras modalidades apresentando-se como um exercício de estilo em que o
autor, ao ridicularizar uma determinada obra, põe em evidência o carácter
inverso àquele que enuncia. O burlesco acaba por seguir o princípio barroco do
mundo às avessas ao inverter constantemente as realidades que lhe são apresentadas,
o que demonstra também um grande conhecimento dos valores e das regras vigentes
bem como uma capacidade para “manusear” a linguagem e o estilo por parte dos
escritores de obras burlescas. O que é viver uma vida burlesca?
Para responder melhor essa pergunta devemos primeiro
questionar o que é o burlesco afinal: Uma perversa forma de representação ou um
ato de reflexão dramatúrgica sobre o mundo?
A estética burlesca está diretamente relacionada à
sensualidade, à exibição dos corpos, ao humor, ao grotesco, à arte de burlar, à
farsa, o grotesco, à ambiguidade de significados, ao sarcasmo, à música, e
elementos que representem a sociedade no geral. O Burlesco aparece como uma
incorporação de suas origens: Comédia Dell ‘Arte, Music Hall e Vaudeville, que
misturados à cultura popular atual resultam em uma crítica irônica à nossa
sociedade, e age como uma reação ao tradicionalismo dela, em diversas manifestações
artísticas
No estilo burlesco a mulher não tem de ser perfeita, tem
apenas de libertar a sua sensualidade inata, em que cada gesto, olhar e atitude
tem uma intenção - democratizar e libertar as mulheres de todo o tipo de
condição física, bastando apenas ser mulher.
Jaime Lopez
transporta para os seus desenhos este mundo prodigioso, criando assim uma nova
fruição, uma possibilidade de ver para além do olhar, como só os grandes
artistas conseguem alcançar. É uma nova ordem que nos propões a partir dos
contrários, do mundo às avessas ou do excesso que nunca toca o ridículo, É um
burlesco perfeito, uma nova revelação que tudo contém.



Margarida Ruas
Embaixadora do European Museum Forum


Projecto ´´Na ponta dos dedos``


Jaime Lopez

Para
mim a primeira impressão é muito importante. Transporto para o papel os
pensamentos e o estado de espírito que me assaltam no momento, para que cada um
depois, veja e sinta o que certamente será muito diferente do que eu senti ao desenhar
e isso é que é Belo!
(Jaime Lopez, Odivelas, 21 de
Setembro de 2012)

Quem
diz papel, diz uma parede. No Centro de Exposições de Odivelas, ao preparar a
Inauguração da Exposição Na ponta dos
Dedos, Jaime Lopez pintava, substituindo a caneta pelo pincel num impulso
único, sem emendas, sem rascunhos, sem preocupações com o efémero, visto que a
obra será «apagada» porque o suporte não foi previsto para comportar uma peça
artística…. É apenas… uma parede de alvenaria branca! No meio de uma conversa amena
e um pincel molhado de tinta preta, as figuras foram surgindo em linhas
sinuosas plenas de movimento, contrariando a rigidez e a frieza da parede
branca. De súbito ficamos na dúvida se a obra a expor será aquela, ou os
quadros dos guardanapos? Sem dúvida, ambas! Mas a “alma” por trás dos desenhos
nos guardanapos está ali, à minha frente, só que em vez do guardanapo pequeno,
uma parede grande e o Jaime, vai desenhando. «Rápido, penso eu, tenho de
registar…» e agarro no telemóvel para gravar da mesma forma, num impulso, sem
rascunho, sem premeditação!
O objeto altera-se, mas a função mantém-se!
A
Arte é uma criação humana com valores estéticos, procurando quer a beleza, quer
o equilíbrio a harmonia ou a revolta, sintetizando o artista dessa forma as
suas emoções, a sua história de vida, os seus sentimentos e a sua cultura.
Nela
o homem utiliza todo um conjunto de processos para realizar as suas obras, onde
aplica os conhecimentos da sua época histórica, sob as mais variadas formas,
aplicadas às formas de receção sensorial do “outro”, tais como a plástica, a
música, o teatro, a dança etc. As diferentes formas de receção sensorial podem
ser isoladas, ou mistas (como o caso das artes performativas e recentemente na
história humana o cinema, denominado comumente como a sétima arte). Atualmente
alguns tipos de arte permitem uma interação com o público, tornando-o
participativo na obra.
Desde
os primórdios da Humanidade que o homem começou por criar objetos para suprir
as suas necessidades práticas, como as ferramentas para a agricultura, a caça,
as armas para a guerra ou os utensílios para preparar os alimentos. São
chamados os objetos utilitários. Nesses mesmos objetos utilitários e nas
habitações, que desde cedo a arte começou a manifestar-se num contexto de função
essencialmente decorativa. A sua génese está ligada a esse objeto e foi a
pensar nele e na sua utilização, que ela tomou forma.
Outras
peças de arte assumem uma função de comunicação; simbólica (pessoal ou de
grupo), de crença (arte sacra), de conhecimento, ou de pensamento. A Arte
poderá ter uma função específica ou utilitária, ou ser apenas produzida como
Arte pela Arte, cuja apreciação/interpretação dependerá da experiência pessoal
e enculturação, estado psíquico e imaginação do público e daquilo que o artista
pretende transmitir, fruto também de uma multiplicidade de fatores igualmente
complexa como a do público.
O
Homem das gravuras e pinturas rupestres representava animais e figuras antropomórficas,
de noite à luz de archotes enquanto o sono não vinha, representando caçadas,
transpondo para a pedra pensamentos, desejos e códigos, através de instrumentos
de pedra e vários pigmentos. Várias interpretações têm sido dadas às pinturas e
gravuras, mas hoje em dia muitos Arqueólogos e Antropólogos já põem a hipótese
de terem sido feitas por homens do grupo assumidos já na altura como artistas e
como tal muitas dessas representações serem tão-somente obras de Arte sem outra
função para além dessa.
Alguns milénios depois a função mantém-se, a
técnica muda, os materiais também, as finalidades multiplicam-se, mas mantém-se
algo de universal ao Homem, algo de comum que é transversal, a Arte pela Arte,
o ato criativo que consiste em transformar o pensamento imaterial de um ego
solitário para um plano material de apreensão coletiva, um novo imaterial
plural de múltipla interpretação subjetiva.
O
desenho em guardanapos de papel para Jaime Lopes representa o início da obra
artística, simboliza a sua primeira fase. Um painel de azulejo, uma peça de
cerâmica, uma escultura, começa sempre por um desenho, que Jaime Lopes foi
desafiado a incluir num projeto mais alargado. O desenho em guardanapo de
papel, como o primeiro suporte físico de criação artística, tem sido comum a
outros artistas como por exemplo Toulouse Lautrec ou mesmo Picasso cuja fama de
desenhar em toalhas e guardanapos de papel em cafés e restaurantes, para pagar
as suas contas, deu origem a diversas estórias supostamente verídicas, cuja
função serve apenas para legitimar a veracidade desse ato tão natural na
vivência cultural de um artista.

Uma
dessas estórias sobre Picasso e os guardanapos relata um episódio em que um
empregado de mesa terá reclamado pelo facto de um desenho não ter sido assinado
pelo pintor, ao que aquele terá respondido: "Estou a pagar o jantar, não a
comprar o restaurante!".
A
sociabilidade noturna tão comum no meio artístico, com a inevitável frequência
dos bares e cafés, conduz ao ter de rabiscar no momento “algo “, no primeiro
suporte que estiver à mão, para não perder a inspiração, o impulso artístico.
Quem
diz guardanapos de papel poderá dizer toalhas de mesa, bilhetes de autocarro ou
de comboio, lenços de papel ou um qualquer recibo.
No
Brasil, os ilustradores Cordeiro de Sá e Renato Andrade expuseram trabalhos também
em guardanapos de papel, pouco convencionais, como resultado de uma década de
amizade, na FNAC do Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto, em Agosto de 2011. A coleção
'Os Guardanapos' retratava cenas observadas pelos dois em bares da cidade, em
10 desenhos feitos em guardanapos e coloridos com molhos usuais em bares, tais como
mostarda e ketchup.
“Sempre
nos divertimos muito desenhando nos guardanapos e percebemos que muitos amigos
chegam a guardar essas pequenas obras com o mesmo respeito de uma tela de
galeria. Já era hora de darmos a elas o devido destaque”, comentava Renato.
A
exposição “Os Guardanapos” começou por ser uma brincadeira entre amigos mas
acabou por ganhar espaço nas redes sociais e conseguir patrocínios de várias
empresas.
O
suporte físico de uma peça artística é apenas uma parte da obra, um dos seus
componentes a juntar a tantos outros. Caberá ao artista optar por torna-lo ou
não parte integrante da essência da sua obra de arte. A meu ver, em “Na ponta
dos dedos”, Jaime Lopez pretende acima de tudo transmitir a ideia de “(…)primeira impressão(…)”do início de todo
um percurso criativo que quis também aliar à palavra, a uma primeira interpretação do outro gravado
também à mão no mesmo suporte (guardanapo) numa aliança de grafismos onde o
pensamento, o desenho e a palavra se enleiam e se confundem.


Jaime
Lopes personifica, quanto a mim, a multiplicidade de definições que o conceito
de Arte acarreta. Desde o desenho, pintura, escultura, azulejaria até à
cerâmica, Jaime Lopes percorre um largo espectro de manifestações das artes
plásticas. A sua arte poderá ser entendida como utilitária, decorativa ou
simplesmente…Arte. Arte porque na sua essência está sempre o impulso criador a
partir de um pensamento, um sentimento, um estado de espírito que não o permite
viver sem Criar! Não consegue viver sem produzir Arte!
Para
mim é isso que define um Artista.

Margarida
Moreira da Silva
Antropóloga


Projecto ´´Na ponta dos dedos``


Na ponta dos dedos
«Viajar é
observar…» Sophia de Mello Breyner Andresen.
Igualmente tem sido
este o lema de vida que de Jaime Lopez nos últimos anos. Sua produção artística para
esta exposição multifacetada vem de sua
real – por vezes inconsciente observação
de suas viagens nos mais variados contextos, físicos, emocionais e sociais:
lugares, jardins, cafés, pessoas diferentes, onde o igual as cruza e eterniza.
O cotidiano e sobre tudo o que nós, por vezes sublimamos, a mais pequena rotina
diária, beber um café, sentar no banco do jardim e descansar da caminhada. É
pontecializado no seu melhor espelho: a retina, o papel e a tinta gráfica.
Nesse percurso do «caminho», nas pontas do bico de uma esferográfica
nasce do comum cotidiano, imagens, atitudes leves, brutos e doces gestos ,
ternura, afetos e desafetos, venturas e desventuras sociais, intimas e
legítimas cenas.
« …Navegar é preciso!…»
Fernando Pessoa.
Em sua
inesgotável busca essencial pelos
meandres e nuances da arte, Jaime Lopez foi navegar no mar profundo das letras,
ou melhor, nas ondas ora oscilantes, ora calmas, ora revoltas da poesia. Além
de exprimir graficamente o que vai em suas telas ou papéis, Jaime desafiou um
grupo de poetas para «poetar», alguns de seus desenhos para esta exposição.
« As nossas afinidades nos aproximam, e as nossas diferenças nos
aperfeiçoam…».
A necessidade de expressar
gráfica e ortograficamente aproximou a arte moderna e a poesia.
Agora desafiamos o público a
fazer uma terceira «leitura» do que vê, sente e exprime ao contemplar tão
arrojada viagem, tão infinita aventura, mas na certeza que todos os
aventureiros estão no caminho, em busca do que ainda não se expressou e do que
ainda não foi escrito.
(texto de Elssye SBezerra
Santos)
Licenciada em Historia Arte


Room Preparation for project'' `` At your fingertips

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Inauguration of the project At Your Fingertips

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One does not love

O Solitário
… na obra de J.Lopez

A obra de
J.Lopez, eleva-nos a um pensamento sobre o amor e sobre o que pode ser
considerado o amor eterno.
A leveza
desta obra, cuja representação é a plena definição de solitário, mostra-nos as
emoções e as memorias de um artista. Com a fluidez dos pensamentos cria-se a
obra e J.Lopez
Apresenta-nos
uma obra simples, fluida também nos movimentos e que nos leva a pensar no
espírito do tempo de Hegel. Não nos apresenta uma época, mas sim varias épocas,
onde o amor eterno era procurado e muitas vezes não encontrado. O amor como
espírito do tempo.
Nesta obra
J.Lopez revela o conhecimento humano acumulado ao longo dos tempos,
apresentando uma parte de si na peça, num dado momento da sua historia.
Tal como em
tantas outras obras, esta peça apela às emoções mais fortes e profundas, tanto
no espectador cuja interpretação pode variar e ser percebida de diversas
formas, como do próprio artista- revelando os seus pensamentos mais íntimos
sobre o que é o amor, e a união de duas almas.
Uma obra que
é evidente sem ser evidente, cúmplice do olhar.
Quase
monocromática, J.Lopez utiliza a cor com cuidado, numa mistura entrelaçada de
cores, abandonando os tons múltiplos e vibrantes de outras obras.
É esta a
sensibilidade do artista que caracteriza toda e qualquer peça, e é essa a
sensibilidade que o espectador sente e absorve, não ficando indiferente.
Uma peça que,
embora pequena, um vaso estreito e alto para colocar uma flor um Solitário, nos
faz pensar no amor eterno e na verdade do amor eterno. J.Lopez usa apenas uma
forma geométrica, o circulo, acrescentando uma maior carga simbólica á peça. O círculo,
símbolo supremo da perfeição, da plenitude e da união.
É a única
forma que poderia ser associada a uma peça destas, representação de um ser completo,
a interpretação desta peça transcende o plano terrestre, numa descrição
completa do que é o Amor Eterno, infinito.


Sara Sousa
Curadora
Lisboa,
Fevereiro de 2011

The solitary

The solitary
Ask in white clay

The dog `s onwer

The dog `s onwer
The dog `s onwer acrylic on canvas 60x120

The walking man

The walking man
The walking man 90x90 Acrylic on canvas

The Art of Jaime Lopez brings innovation to the world of tile

The Art of Jaime Lopez brings innovation to the world of tile
Tiles are a long honoured art form in Portugal, surpassing the simple decorative or protective functions. Over time it has evolved and it has conquered new spaces, renewing itself. With formal training in technical design in Construction Engineering, Jaime Lopez is passionate about ceramics as an area of language, and about tile in particular, an area in which he has been developing an innovative path he denominates «Tiles with dynamic». In this context he creates tile panels using many different techniques.
The artist, used to teach, to experiment and to make use of new techniques in his work, particularly stands out for his ability to work with shapes and colours to express thoughts, ideas and visions. Inspired by the world surrounding him Jaime Lopez creates artworks that appeal to the participation of the public. But they are not immediately accessible because they motivate interpretation, reading, and engagement.
The art of Jaime Lopez opens a wide door for communication and interpretation and to the search of a meaning. «A consciência do eu» [self-consciousness], «Fado na alma» [Fado in the soul], «Estados de Espírito» [states of mind], «O eterno abraço» [eternal hug], are some of the titles of his artworks that points to a more complex analysis of what the artist hears or sees.
Elisabete Lucas

Madame Pompadour - Jeanne.Antoinette et le Madame de Paris III (1.20x1.25

Madame Pompadour - Jeanne.Antoinette et le Madame de Paris III (1.20x1.25
Madame Pompadour - Jeanne.Antoinette et le Madame de Paris III (1.20x1.25

puberty

puberty
puberty, 1,00 x1, 00 Acrylic on canvas

Sobre a Obra de J.Lopez

Sobre a Obra de J.Lopez
Será que o tempo, inventado pelo Homem, terá tempo para entender toda a
Arte sinestésica que habita em cada quadro de J. Lopez, das suas memórias,
dos seus sentimentos e emoções, transportando-nos a vários outros “tempos e
espaços” da sua vivência e sensibilidade criativa, mas ao mesmo tempo,
tocando os espaços que habitam em nós, quando olhamos atentamente as
suas imagens!?
Escrevi e continuo escrevendo, um dia, mais um dia e outro dia, aquilo que
“olhamos” e pensamos “ver” quando de facto sentimos estes seus – Sentidos
do Ser – que nascem de riscos e tudo arriscam, no olhar do espectador mais
atento, mas ainda assim, ansioso pelo desvendar em cada traço, em cada
forma, em cada cor, em cada trajectória, onde começa ou acaba, o imaginário
e o real, tão constantes em cada obra de J. Lopez!
Escrevi e continuo escrevendo, um dia, mais um dia e outro dia para que não
se perca na memória dos Homens, que existe um tempo e um espaço na obra
de J.Lopez que nos estimula e provoca, numa dialéctica fértil entre Ritmos e
Riscos com Sentido de Ser diferente, original e inovador, numa saudável
tendência do gosto, pelos aspectos sensoriais da vida.
Escrevi e continuo escrevendo, um dia, mais um dia e outro dia:
“O JOGO INFINITO DA ILUSÃO”
Se temos olhos o que olhamos?
E o olhar que os olhos têm?
E o que olhamos será mesmo o que vemos?
E o que olhamos quando não vemos com o olhar?
Será cegueira ou uma outra forma de olhar?
Ou a cegueira será o ponto de partida para uma nova paisagem da visão?
A escuridão é sempre apanhada desprevenida para novas luzes,
onde se recomeça o jogo infinito da ilusão. (Cecília Melo e Castro)
Por isso, a obra de J.Lopez traz-nos sonoridades coloridas, sejam elas da mais
pura suavidade, tons e brilhos, ou excitantes matizes diversos.
Este seu mundo tão novo com que nos privilegia, arrisca todas as experiências
sensoriais:
Os Olhos, devoradores de imagens, que se deliciam com o mais sublime de
puro equilíbrio de forma e cor, ou à erupção e disrupção que corta na forma e
distorce a cor.
O Corpo, que se dispõe, na troca de energias, positivas ou negativas,
fragmentadas ou organizadas, todas as que podemos adivinhar naqueles seus
instantes de criação, em que, desfila perante o nosso olhar, a experiência dos
cinco sentidos, arriscando uma catarse tranquila e/ou colectiva, para o
espectador que a observa.
E a Pele, essa que define a fronteira, a delimitação do SER corpóreo, que
também nos dá a fruir, bebendo das fontes estímulos vários, seja pelo nosso
próprio imaginário ou pelo seu SER real, em cada figura/forma que vai criando,
exposta à sua própria noção de liberdade do gosto e da sua sensibilidade
estética.
Apetece-me aqui citar um Provérbio Grego que diz: “O único bem que não nos
pode ser roubado é o prazer de ter feito uma boa obra”.
Pois toda a Arte de J.Lopez é sua e só sua, no momento em que a cria através
dos seus Riscos de forma e cor, deixando ao espectador o Risco de a querer
possuir, para melhor fruir o seu SENTIDO DE SER.
Cecília Melo e Castro (*)
(+) Formada em Ciências Empresariais e da Comunicação
Universidade Autónoma de Barcelona

The Voyeur ...1,00 x1, 40Acrylic on canvas and tiles

The Voyeur ...1,00 x1, 40Acrylic on canvas and tiles
The Voyeur ...1,00 x1, 40Acrylic on canvas and tiles

The Saxophonist

The Saxophonist
Sculpture with garbage for the event Rock in Rio Lisboa 2012

O Saxofonista

O Saxofonista
Sculpture with garbage for the event Rock in Rio Lisboa 2012

O Saxofonista

O Saxofonista
Sculpture with garbage for the event Rock in Rio Lisboa 2012

O Saxofonista

O Saxofonista
Escultura em Lixo para Rock in Rio 2012

O Saxofonista

O Saxofonista
O Saxofonista, escultura em lixo com 2,50x1,60 para Rock in Rio 2012 exposta na Rock Street

O Saxofonista

O Saxofonista
Escultura em lixo, para Rock in rio 2012

O Saxofonista

O Saxofonista
Escultura em lixo, para Rock in rio 2012

O Saxofonista

O Saxofonista
Escultura em lixo, para Rock in rio 2012 Rock Street

39 Jonas'' `` The Womb

39 Jonas'' `` The Womb
39 Jonas'' `` The Womb sculpture stone, ceramic and wood

A Obra de Arte e a Azulejaria em J.Lopez

A Obra de Arte e a Azulejaria em J.Lopez
Escrever um pequeno texto que coubesse “todo” no todo da Obra de Jaime Lopez, foi um desafio à
minha capacidade de escrever sobre alguém que enfrenta o espectador, cruzando o real com o
imaginário, sabendo que nesta luta diária do Eu e do Outro, se cruzam sinestesicamente
sentimentos e emoções, percepcionando-os numa atmosfera lúdica de mistérios e revelações com
que convivemos ou desejamos conviver.
Aqui estou eu, no prazer dessa Escrita, tentando reflectir sobre SI próprio, sobre a sua
sensibilidade, a criação poética-visual e principalmente sobre a sua intencionalidade estética.
Jean Cocteau escreveu um dia: “O poeta é um pássaro que canta mais afinado quando se instala
bem na sua árvore genealógica”.
Há em Jaime Lopez uma postura para com a vida, ele próprio e o espectador, que se traduz na
preocupação em não repetir ideias de Movimentos ou Estilos dos seus antecessores, numa
coerência e avanço inovador em cada tomada de decisões estéticas.
A simbologia das formas, orgânicas ou geométricas, as cores, as texturas, criam o ambiente
sinestésico a que me atrevo a chamar de “gritos de alma”, mostrando ao mesmo tempo
espontaneidade, rigor e disciplina, que vem dar mais consistência à sua Obra.
“Fado és… Fado serás”, disse eu própria um dia, ao observar a sua Obra. Este Fado que tão bem
reproduz a Essência e Sentido do seu SER em cada Obra, é o próprio Destino condenado ao
sucesso!
Esse destino revela-se a cada momento em que Jaime Lopez, criando, rasga as páginas da sua
própria existência, obrigando-nos a “sentir mais, ouvir mais, ver mais” (como nos diz Stockhausen
e que tanto gosto de citar), fruindo toda a pujança da sua Obra de Arte.
É como se estivéssemos assistindo a uma peça de teatro, ao bom estilo Beckettiano, em que
corpos e sentidos, se manifestam em orgasmos poéticos de sensibilidade artística, atraindo-nos ao
destino do seu próprio acto criativo.
No olhar de cada espectador, fica o desejo de mergulhar em cada obra como se o nosso destino
não tivesse outra escolha, senão o de sentir a sua própria manifestação do Gosto e do Belo numa
mistura de sentimentos e emoções, provocados pela sua intencionalidade estética.
Concluo assim, que há cada vez mais lugar para a criação de novos conceitos de Obra de Arte,
seja qual for a Expressão em que se manifeste e, Jaime Lopez, está na vanguarda como um
exemplo a seguir.
A sua capacidade sensorial e intelectual, permite ao espectador atento, entrar nos interstícios das
suas memórias, reconhecendo a inovação, rigor e intencionalidade estética, como venho
redundantemente referindo.
Disse, Elaine Maxwell: “ A minha vontade moldará o meu futuro. Quer eu falhe, quer eu consiga,
só será devido a mim e a mais ninguém. Eu sou a força; posso vencer qualquer obstáculo à minha
frente, ou perder-me no labirinto. A escolha é minha; a responsabilidade é minha; ganhar ou
perder, só eu possuo a chave do meu DESTINO.”
Digo eu: “Fado és… Fado serás… condenado ao SUCESSO!”
(*)Cecília Melo e Castro
Formada em Ciências Empresariais e da Comunicação
Universidade Autónoma de Barcelona
Professora Universitária





quinta-feira, 2 de julho de 2009

Exposição Percurso 2001-2009

Formas e cores constituem o próprio das artes visuais, a potencialidade expressiva de que partem. A manipulação de formas e cores conduz a uma linguagem artística e a uma representação do mundo tal como se apresenta aos olhos do artista e ao universo da sua sensibilidade.

Na arte de Lopez, assistimos a algo mais: a uma dança de formas e cores, em movimentos perpétuos e com a exigência de nos sentirmos cúmplices no olhar. Isto quer dizer que a arte cerâmica de Lopez cria um ambiente que não termina nos seus objectos artísticos, mas prolonga-se até ao domínio do sugestivo que cobre o olhar de cada um de nós sobre esses objectos.

O que me impressiona particularmente, ao olhar uma composição (seja ela qual for), é a sua capacidade de induzir movimento, por vezes sugerido em pequenos pormenores; mas também o nosso movimento é exigido, seja o de observar de um lado, de outro ou de frente uma dada peça, ou de nos afastarmos ou aproximarmos dela.

Tudo se passa como se cada obra mantenha em aberto um jogo de sugestões, entre a sugestão expressiva do artista e a interpelação desta com o público. Há, em cada composição criada, uma dualidade de efeito estético: quase ao modo hegeliano, a obra em si que, por um lado, resulta do imaginário do artista contém a que, por outro, se desvenda ao imaginário para si de cada um de nós.

O que quero dizer é que a arte de Lopez é, para lá das exigências técnicas (e não são poucas), uma arte exigente. Obriga cada um de nós a uma leitura, convida a que a sensibilidade estética presente, maior ou menor, em cada um de nós se associe à do artista. Ninguém fica indiferente a estas composições.

Aliás, há na arte de Lopez possibilidades tremendas como arte urbana, capaz de encher de beleza no turbilhão da gente que passa… mas que não lhe ficará certamente indiferente.

Luís Costa Dias

Historiador da Cultura

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O Eterno Abraço

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Afectos

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Estados de Espirito

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Muro das Lamentações

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Eu na multidão

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O Peso e a Consciência

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Estudo da Cor

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A Cidade I

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